Conjunto completo pesa apenas 50 kg e gera até 260 kW
O novo motor elétrico desenvolvido pela Siemens pesa apenas 50 kg e pode produzir 260 kW de potência a 2.500 rpm, uma rotação suficientemente baixa para acionar uma hélice sem a necessidade de uma caixa de redução.
Para conseguir reduzir o peso o fabricante buscou uma série de desenvolvimentos, como o estator fabricado em liga cobalto-ferro que permite uma magnetabilidade elevada. Os imãs permanentes do rotor têm uma configuração halbach – um modo especial de montagem dos imãs que concentra todo o fluxo em um lado da pilha dirigindo o curso magnético com uso mínimo de material.
Os condutores são arrefecidos diretamente por meio de um líquido refrigerante não condutivo, como óleo silicone ou Galden. As estruturas de e aram por um regime de análise de elementos finitos. O escudo da extremidade de alumínio, que a o rolamento da ponta do motor e absorve todos os esforços da hélice, ou de 10,5 kg para 4,9 kg.
O fabricante buscou em analises complexas identificar os elementos que quase não sofrem esforços e, portanto, são dispensáveis. O resultado é uma estrutura em filigranas que satisfaz a todos os requisitos de segurança, rigidez e estabilidade. O protótipo do escudo de extremidade, em polímero reforçado por fibra de carbono, está sendo avaliado epesa apenas 2,3 kg.
Entre as aplicações está o uso como uma turbina num motor convencional, à semelhança de um carro híbrido, onde proporcionaria – segundo estudos do fabricante – redução de até 25% no consumo de combustível.
A combinação de um motor elétrico com um motor à combustão permite a utilização de uma turbina que não são apenas muito menores que as atuais, mas como podem ser utilizados com eficiência máxima durante o voo.
De forma isolada esse novo o motor elétrico possui potência o bastante para impulsionar um avião de quatro lugares, estando relativamente próximo para num futuro ser utilizado num pequeno avião regional.
A Siemens acredita que caso obtenha sucesso no desenvolvimento de motores ainda mais leves e potentes, a primeira aeronave para até 100 ageiros com motor elétrico poderá voar em meados de 2035.
Ernesto Klotzel
Publicado em 28/04/2015, às 15h00 - Atualizado às 15h49
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